Acontecimento de Liberdade...
Comecei a ler este livro e já o devorei até meio.
Através das transcrições de conversas de Luigi Giussani, Fundador da Comunhão e Libertação, com universitários, este livro tem-me desafiado a um novo olhar sobre o Mistério que reconheço como Companhia.
Deixo-vos algumas passagens das MUITAS que sublinhei:
"Há cinquenta anos que revejo e volto a ouvir as respostas e perguntas e a 'ressentimentos' que podem surgir, porque durante cinquenta anos recebi e tratei as pessoas ao nível destas grandes 'questões', apostando apenas na liberdade pura - na liberdade pura! Procurem todos os dias que esta liberdade pura corresponda aos vossos propósitos, aos vossos critérios, aos critérios da vossa acção, e isto far-vos-á abundar na paz" (pág. 14)
"Peço-vos que ao longo da vossa jornada se apoiem sempre na oração, no posto avançado que é o pedido: o pedido é o posto avançado do homem que vai para a batalha. O pedido é um grito, é um grito que não deve descurar a consciência que temos de nós próprios, a auto-consciência pela qual nascemos e vibramos" (pág. 15)
"Somos feitos para nos tornarmos capazes, todos. Por isso, o que seria vergonha não seria a inadequação presente, eventualmente, mas uma falta de procura da verdade. Não a inadequação, mas a falta de procura, da sede do verdadeiro, isso sim, seria falta de humanidade. "Mil agentes que dirigem o trânsito não te saberiam dizer donde vens nem para onde deves ir", diz Elliot" (pág. 43)
"A consciência da nossa fraqueza torna-se mendicância. A mendicância é a última possibilidade de força adequada ao nosso destino, torna o homem adequado ao destino. Chama-se normalmente oração, mas hoje em dia dizer oração é como não dizer nada. Pelo contrário, se formos fiéis a esta mendicância, não é preciso dizer nada" (pág. 57)
"Imaginem na esquina de uma rua um mendigo, com um pé apoiado na parede que lhe sustenta as costas: estende a mão, as pessoas passam-lhe à frente e ele não diz nada, tem só a mão estendida. O nosso existir é pedir, é mendigar. Adiramos àquilo que somos! Sejamos sinceros, isto é, adiramos àquilo que somos! E ser-nos-á dado! Vão ler o Evangelho de S. Lucas, nos capítulo 11 e 18 [...] ; depois digam-me se exxste humanidade maior do que aquela" (pág. 57)